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Bolsonaro volta a criticar IBGE após instituto apontar alta do desemprego


Em entrevista à RecordTV, o presidente criticou a metodologia usada pelo IBGE, que revelou aumento no desemprego em dados divulgados no último dia 29. Bolsonaro afirmou que os números 'parecem índices que são feitos para enganar a população'. 'Leva-se em conta só quem está procurando emprego. Quem não procura, não é tido como desempregado. (...) Então, quando há uma pequena melhora na questão de emprego no Brasil, essas pessoas [beneficiários de programas como o Bolsa Família] que não estavam procurando emprego procuram. E, quando procuram e não acham, aumenta a taxa de desemprego', afirmou. O IBGE, contudo, mede também o número de desalentados – que são pessoas desempregadas que desistiram de procurar emprego.

Em 29 de março, o IBGE divulgou dados atualizados do desemprego no Brasil


Com recordes de população fora da força de trabalho, subutilização e desalento, taxa de desocupação é de 12,4% e a taxa de subutilização é de 24,6% no trimestre encerrado em fevereiro de 2019. Saiba mais na Agência


Bolsonaro contestou a metodologia em entrevista à RecordTV nesta segunda


O que disse Bolsonaro

‘Quando há uma pequena melhora na questão de emprego no Brasil, essas pessoas [beneficiários de programas como o Bolsa Família] que não estavam procurando emprego, procuram. E, quando procuram e não acham, aumenta a taxa de desemprego. É uma coisa que não mede a realidade. São índices feitos para enganar a população.'
Diz o presidente: "Com todo respeito ao IBGE, essa metodologia, em que pese ser aplicada em outros países, não é a mais correta. (...) Tenho dito aqui, fui muito criticado, volto a repetir, não interessam as críticas. Tem de falar a verdade", afirmou. Fonte: RecordTV

O que diz o IBGE Em outubro de 2018, quando Bolsonaro havia classificado a metodologia do IBGE como 'farsa', o instituto informou que utiliza padrõesinternacionais para o cálculo do desemprego e disse que beneficiários o Bolsa Família não são considerados desempregados. Fonte: 'O Estado de S. Paulo'

Como a taxa oficial de desemprego é calculada no Brasil?

Entenda a metodologia utilizada pelo IBGE: IBGE calcula, seguindo recomendações internacionais da OIT, o total de pessoas na FORÇA DE TRABALHO, ou seja total de pessoas ocupadas e desocupadas na semana de referência. Desocupado é aquele que não estava ocupado em nenhuma atividade remunerada na semana de ref, que procurou emprego no último mês, estavam disponíveis para trabalhar naquela semana. Último dado: 13,1 milhões de pessoas. A taxa de desocupação ou desemprego é medida pelo total de desocupados dividido pela força de trabalho. Dado do trimestre dez-jan-fev de 2019 = 12,4%. Mesmo entre os ocupados, o IBGE mede os subocupados por insuficiência de horas (trabalham menos horas do que gostariam e estavam disponíveis para trabalhar mais): 6,7 milhões de pessoas e taxa ampliada de desocupação com subocupados vai para 18,8% . Pessoas fora da força de trabalho inclui as pessoas na força de trabalho potencial que procurou trabalho mas não estava disponível para começar a trabalhar OU não procurou mas estava disponível parar trabalhar (esses últimos os famosos DESALENTADOS). Eram 65,7 milhões de pessoas fora da força de trabalho (FT), sendo 8,1 milhões na FT potencial. Taxa combinada de desocupação + subocupação + FT potencial = 24,6% + Ousejaaa: os desalentados estão sim na metodologia, os dados e metodologia são publicos para quem quiser acessar, aprovados e reconhecidos por organismos internacionais. Baste ter boa vontade e compromisso com a verdade.