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BULLYING: Brincadeira de criança que vira agressão


   Nas escola de todo país, muito já presenciaram uma cena como extra: um aluno grandalhão ameaçando bater em um mais fraco, ou sendo chamado por um apelido de respeitoso e fica calado, sem nem conseguir reagir. esse tipo de intimidação, que pode causar dificuldades de relacionamento e diminuir a autoestima, entre outros problemas, tem nome dos pontos bullying.




    De origem inglesa, a palavra vende Bully (briguento) e, como verbo, pode significar ameaçar, e time da vírgula amedrontar. O termo é relacionado a práticas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, executada de forma intencional e de maneira repetitiva, sem motivação aparente.
     A agressão é realizada por uma ou mais pessoas com o objetivo de intimidar ou agredir, numa ação de desigualdade, na qual quem tem mais força ou mais poder o prime aquele que é mais fraco. O bullying pode manifestar-se em qualquer lugar em que existem as relações interpessoais, encontrando nas escolas o seu terreno mais fértil.
    Não se pode confundir o bullying com as brincadeiras saudáveis no ambiente escolar. Mas é preciso separar um comportamento socialmente aceito de atos de ameaça e intimidação.

    Problema de abrangência mundial, o bullying atinge também o Brasil. Um estudo feito pelo centro de empreendedorismo social e administração em terceiro setor (Cesta/FIA) revelou que a maioria das partes das agressões físicas ou verbais recorrentes nas escolas - 21% dos casos - ocorre nas salas de aula, mesmo com a presença dos professores. 
     Dois 5.168 alunos de 5ª a 8ª série de escolas brasileiras vírgulas públicas e particulares, entrevistados em todas as regiões do país, 10% disseram ser vítima de bullying e 10%, agressões - 3% são ao mesmo tempo vítimas e agressores.
     Dos estudantes ouvidos, com idades entre 10 a 14 anos, 17% já foram vítimas de cyber bullying o bullying virtual no mínimo uma vez. Desses, 13% foram insultados pelo celular e os 87% restantes, textos e imagens enviados por e-mail ou via sites de relacionamento.



▪️ Tipos de bulliyng

     O bullying pode ser classificado em direto ou indireto. O direto é mais comum entre agressores e vítimas do sexo masculino. já a forma indireta predomina entre mulheres e crianças, tendo como característica ou isolamento social da vítima.
     Quatro tipos podem ser identificados em atos de bullying: o alvo, a pessoa que sofre ponto e, o alvo/autor, que hora sofre, hora prática: mas convive com ele de maneira e pactante.

     As pessoas que testemunha o bullying normalmente silencia com medo de serem elas mesmas as próximas vítimas, o que contribui para o desconhecimento e a indiferença por parte das pessoas que poderiam ajudar a acabar com o problema. quando não ocorre intervenção no espaço escolar, o ambiente fica contaminado e todos são afetados negativamente pelos sentimentos de medo e ansiedade.

     A vítima pode ser classificada em três tipo:


  • vítima típica dos pontos pouco sociável, sofre repetidamente as consequências dos comportamentos agressivos de outros, tem aspecto físico frágil, coordenação motora deficiente, extrema sensibilidade, timidez, passividade baixa autoestima alguma dificuldade de aprendizado, ansiedade e aspectos depressivos. Senti dificuldade de impor se ao grupo tanto física quanto verbal mente.
  • vítima provocadora: atrás e provoca reações agressivas e tenta brigar ou responder quando é atacada ou insultada, mas não obtém bons resultados. pode ser hiperativa, inquieta, de especie viva e ofensora.
  • Vítima agressora: reproduz os maus tratos sofridos. Como forma de compensação, procura outra vítima mais frágil e repete todas as agressões sofridas na escola, ou em casa, transformando o bullying em um ciclo vicioso.

     O agressor tem caráter violento e perverso e poder de liderança, obtido por meio da força e da agressividade com final a gi sozinho ou em grupo. Geralmente, tem vida conturbada no ambiente familiar, desestruturada e com parcial ou total ausência de afetividade. Então, reproduz isso em todos os lugares, e não apenas no ambiente escolar ponto final apresenta aversão as normas e não aceita ser contrariado. Costuma estar envolvido em pequenos delitos, como roubo e/ou vandalismo. As testemunhas ou espectadores são alunos que adotam a lei do silêncio. Assistem, mas não toma partido, nem sai em defesa do agredido por medo. também fazem parte do grupo alunos que não participam dos ataques, mas manifestam apoio ao agressor.

     As crianças e adolescentes vítimas de bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Podem ter problemas sérios de relacionamento, adquirir comportamento agressivo, diminuir o rendimento escolar. Em casos extremos a vítima pode tentar cometer suicídio.


      A prática do bullying também pode ganhar contornos trágicos. Dois casos ocorridos em escolas norte-americanas surpreenderam o mundo. E 1991, Jeremy Wade delle, 15 anos de Dallas no Texas, suicidou-se dentro da sala de aula, diante de 30 colegas e da professora foi uma forma de protesto pelos atos constantes de perseguição que sofria ponto final a história inspirou a música Geni me, da banda  Pearl Jam.
     Em 1999, outro episódio marcante: na escola columbine, Colorado, dois estudantes Eric Harris, de 18 anos, Dylan klebold, de 17 anos atiraram e vários colegas e professores, matando 13 pessoas ponto final depois dos ataques, ambos cometeram suicídio. O episódio foi tema do cineasta Michael Moore do filme tiros em columbine vencedor do Oscar de melhor documentário de longa-metragem, em 2003.
      O cineasta, aliás, tem sido um dos meios eficazes da divulgação e conscientização sobre os transtornos ocasionados pelo bullying. Em as melhores coisas do mundo, a diretora brasileira Laís BodanSky procurou retratar o universo dos adolescentes e abordou o tema. Para se familiarizar com os anseios dos adolescentes , a cineasta optou por uma pesquisa direto da fonte e, em conjunto com sua equipe, conversor com alunos de sete grandes escolas de São Paulo.
     Em meio às pesquisas, a diretora se deparou com o bullying, principalmente o veiculado via internet. E incluindo no filme cenas envolvendo os personagens em humilhações e fofocas recebidas por meio de mensagem no celular e de blogs ofensivos. Durante a entrevista para a divulgação do trabalho, a cineasta mostrou sua indignação para com o problema, observando que a escola tem um papel de grande peso para os adolescentes já que é o lugar onde eles descobrem sua própria identidade. E que, apesar de sempre ter existido independentemente de sua denominação, com as redes sociais, o bullying se tornou um pesadelo e ganhou formato perverso. 


CYBERBULLYING
     A versão digital deste comportamento é conhecida como saber bullying, já que as ameaças são feitas virtualmente. Com forte apelo da tecnologia na vida dos jovens e crianças, ligados pelas redes sociais, a violência do bullying se espalha de forma rápida e limitada pela rede e ameaças que chega por e-mail, mensagens negativas em sites de relacionamento, torpedo nos celulares e fotos constrangedoras.
    Enquanto no bule tradicional o constrangimento fica restrito ao ambiente escolar, no cyber bullying esse espaço é ampliado para casa da vítima. além disso, às vezes é bastante difícil identificar um agressor virtual, o que aumenta a sensação de medo e de impotência.
    A maioria dos sites de redes sociais possui ferramentas para evitar este tipo de exposição e até denunciar a prática no entanto, uma mensagem maldosa pode ser encaminhada por e-mail para várias pessoas ao mesmo tempo você publicadas em sites de relacionamento, como Facebook, WhatsApp provocando um grande estrago antes de ter seu conteúdo bloqueado.


    uma pesquisa da fundação telefônica, realizada no Estado de São Paulo, em 2008, apontou que 68% dos adolescentes ficam online pelo menos uma hora por dia durante a semana. Outro levantamento, feito pela Comscore este ano, revela que os jovens com mais de 15 anos acessam os blogs e as redes sociais 46,7 vezes ao mês ( a média mundial é de 27 vezes por semana).





COMO IDENTIFICAR OS ENVOLVIDOS EM BULLYING?

     Segundo o psicólogo norueguês Dan Olwes, da universidade de Bergen, é importante e possível que os pais e outros professores identifiquem se as crianças estão sendo vítima ou praticando bullying observando os seguintes comportamentos:


VÍTIMA

Na escola 

  • durante o recreio, fica isolada e separada do grupo, ou procurando ficar próximo do professor ou de algum adulto.
  • na sala de aula, tem dificuldade e falar diante dos demais, mostrando-se insegura ou ansiosa.
  • Nos jogos em equipe é a última a ser escolhida.
  • Desleixo gradual nas tarefas escolares.
  • Apresenta ocasionalmente contusões,feridas, cortes, arranhões ou aparece com a roupa rasgada, de forma não natural.
  • Falta às aulas com certa frequência.
  • Perde constantemente os seus pertences.

Em casa 

  • Apresenta,com frequência, dores de cabeça, pouco apetite, dor de estômago e tonturas, principalmente pela manhã. 
  • Muda de humor de maneira inesperada, apresentando explosões de irritação. 
  • Regressa da escola com roupas rasgadas ou sujas com material escolar danificado.
  • Desleixo gradual nas tarefas escolares. 
  • Mostra-se contrariada, triste , deprimida, aflita ou infeliz. 
  • Apresenta contusões, feridas , cortes, arranhões.
  • Dá desculpas para faltar às aulas. 
  • Quase não possui amigos.
  • Pede dinheiro extra a familiar ou furta.
  • Gasta muito cantina da escola.



AGRESSOR 

Na escola


  • Faz brincadeiras ou gozações, além de rir de modo desdenhoso e hostil.
  • Coloca apelidos maldosos no colega.
  • Insulta, menospreza, ridiculariza, difama.
  • Faz ameaças, dá ordens, domina e subjuga.
  • Incomoda, intimida, empurra, picha, bate, dar socos, pontapés, beliscões puxa os cabelos, envolve-se em discussões e desentendimentos.
  • pega materiais escolares, dinheiro, lanches e outros pertences dos colegas sem consentimento.

Em casa

  • regressa da escola com as roupas amarrotadas e com ar de superioridade. 
  • Apresenta atitude hostil, desafiante agressiva com pais e irmãos, chegando a atemorizados sem levar em conta a idade e o a diferença da força física. 
  • É habilidosa para sair se bem em situações difíceis. 
  • Exterioriza ou tenta exteriorizar sua autoridade sobre alguém. 
  • Porta-objetos o dinheiro sem justificar sua origem.



PREVENÇÃO

 Uma pesquisa em 11 escolas cariocas pela associação brasileira multiprofissional de proteção à infância e adolescência (abra pia fecha parentes, no Rio de janeiro, revelou que 60,2% dos casos acontecem em sala de aula. a importância da sua intervenção. Mudar a cultura perversa da humilhação e da perseguição no ambiente escolar está alcance da comunidade. Para isso, é preciso identificar o bullying e saber como evitá-lo.
    Sendo assim, deve-se atentar para sinais de violência, procurando neutralizar os agressores, bem como assessorar as vítimas e transformar os espectadores em principais aliados. professores e funcionários também podem contribuir para identificar os agressores e a vítima.
     Algumas iniciativas preventivas podem ser utilizadas para prevenir o problema: aumentar a supervisão na hora do recreio e intervalo; coíbe o menosprezo, os apelidos ou a rejeição de alunos, qualquer que seja o motivo em sala de aula ponto final também se pode promover debates sobre as várias formas de violência, respeito mútuo e afetividade, tendo como foco as relações humanas.
     Em família, um ambiente baseado numa feto, no diálogo e no respeito mútuo saber quanto e boi para a formação de cidadãos conscientes e que fechassem esse tipo de comportamento.

ENQUADRANDO A PRÁTICA DO BULLYING

  Enquanto nos Estados unidos 4150 estados norte-americanos já possuem leis contra o bullying, no Brasil a prática ainda não é considerada crime específico identificado como crime de ameaça, racismo e injúria calúnia e difamação ou lesão corporal, conforme o caso.
   ainda não existe consenso no país sobre a necessidade ou não da criminalização do bullying, entendendo-se até o momento, que a melhor forma de combater é por meio de ações educativas e preventivas contra a discriminação e a banalização da violência praticada nas escolas. Mas as discussões sobre a necessidade da criminalização do bullying conseguem, com a apresentação e fortes argumentos contra a criação de um tipo penal específico para essa conduta e a favor dela.
   Segundo especialistas da área viva os atos de bullying fere princípios constitucionais como respeito à dignidade da pessoa, e o código civil, que determina que todo ato ilícito que causa dano a outrem gere o dever de indenização parte de quem pratica. casos de bullying ocorrido em escolas também podem ser enquadrados no código defesa do consumidor, já que os estabelecimentos de ensino como prestadoras de serviços, são responsáveis pelo que ocorre em seu interior.
Em todo Brasil, governos escolas começam a tomar consequência da gravidade do bullying e estão criando medidas para combater o. Santa Catarina, por exemplo, aprovou uma lei que propõe a instituição de um programa de combate ao bullying de ação interdisciplinar e de participação comunitária nas escolas públicas e privadas do Estado.
       Na capital paulista, a prefeitura publicou um decreto determinando que todas as escolas da rede municipal de ensino inclua em seus projetos pedagógicos medidas de conscientização e prevenção ao bullying. na rede estadual o governo entregou aos coordenadores pedagógicos material informativo sobre o problema. Nas escolas particulares, diálogo com os pais e alunos é a chave para o fim das agressões.
     No Rio de janeiro, 10 de setembro últimos, as escolas públicas e particulares do Estado estão sendo obrigados a notificar a polícia e o conselho tutelar sobre os casos de bullying e de violência contra a criança e o adolescente. As instituições que descumprirem a norma estarão sujeitas a multa de três a vinte salários mínimos pena que consta do estatuto da criança e do adolescente (eca).