Caminhoneiros interromperam na manhã de hoje o fluxo de duas faixas da Rodovia Castello Branco, na altura de Barueri (SP), e protestaram contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O bloqueio começou por volta das 6h (de BrasÃlia) no km 30, sentido capital, e ocorre em um dia em que setores da categoria prometem greve pelo Brasil. Após cerca de 40 minutos em busca de adesão, eles iniciaram uma caminhada pelas duas faixas da direita da rodovia. As outras faixas estão liberadas para a passagem de outros veÃculos.
O protesto na Castello Branco, segundo os lÃderes, foi organizado por autônomos. A reivindicação, porém, diferencia das que foram apresentadas pelas entidades que organizam a greve, que tem como principal bandeira a alta do preço de combustÃveis (veja abaixo outras). "Nossa reivindicação é por redução do ICMS porque faz a economia girar. É bom para nós e a economia inteira. E contra os pedágios abusivos. Somos pela volta ao trabalho. Ninguém mais aguenta ficar em casa", disse o lÃder da manifestação na Castello Branco, Claudinei Habacuque.
Não há registro de bloqueio em outras rodovias de São Paulo até o momento. Na Castello Branco, o grupo promete caminhar até um terminal da Petrobras, no km 19,5. Na greve de 2018, caminhoneiros fecharam a saÃda de distribuidoras da empresa, o que provocou problemas no abastecimento.
Em nota, o Ministério da Infraestrutura e a PolÃcia Rodoviária Federal (PRF) informaram que até as 7h (de BrasÃlia) "todas as rodovias federais, concedidas ou sob gestão do DNIT, encontram-se com o livre fluxo de veÃculos, não havendo nenhum ponto de retenção total ou parcial". Promessa de greve Caminhoneiros de todo o paÃs prometem iniciar hoje uma greve por tempo indeterminado. A adesão à paralisação, porém, não é consenso, e a extensão do movimento ainda é incerta. As principais entidades à frente da convocação são a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e LogÃstica), a ANTB (Associação Nacional de Transporte no Brasil), e o CNTRC (Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas). Outras entidades são contra a manifestação, inclusive algumas que participaram da greve de 2018, como a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) e a Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de VeÃculos Autônomos). Os caminhoneiros reclamam da alta do preço de combustÃveis e são contra a polÃtica da Petrobras, baseada na paridade com os preços internacionais. Outros pontos questionados são os baixos preços dos fretes e o descumprimento da lei que prevê o piso mÃnimo de fretes, medida cuja constitucionalidade está para ser analisada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Também pedem mudanças na BR do Mar, o marco regulatório do transporte marÃtimo, que incentiva a navegação por cabotagem, ou seja, entre os portos do paÃs, além de melhores condições de trabalho, incluindo alterações nas regras de jornada e aposentadoria especial.
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