VIDEO DE SEXO DE XUXA E CRINÇA AINDA SE ESPALHA PELA REDE
A Delegacia da Polícia Federal de Bauru passou a contar, neste ano, com um setor especializado para investigar casos de pedofilia digital na cidade e na região. A intenção é fechar o cerco contra este tipo de crime, que ganhou força com o acesso cada vez mais fácil à Internet, acompanhada da popularização de smartphones, tablets e computadores.
A Delegacia da Polícia Federal de Bauru passou a contar, neste ano, com um setor especializado para investigar casos de pedofilia digital na cidade e na região. A intenção é fechar o cerco contra este tipo de crime, que ganhou força com o acesso cada vez mais fácil à Internet, acompanhada da popularização de smartphones, tablets e computadores.
Segundo a delegada Ana Carolina de Freitas Gholmie, que lidera a equipe criada em janeiro, já são 35 casos investigados na região da delegacia, composta por 57 municípios. “Os casos antigos, que já estavam sob investigação até o ano passado, seguem com os delegados responsáveis por eles até serem concluídos”, pontua.
Ana Carolina explica que os crimes de pedofilia investigados pela PF são cometidos em ambiente virtual, a partir do armazenamento ou compartilhamento de imagens ou vídeos que exponham crianças e adolescentes para fins sexuais. As denúncias, de acordo com ela, chegam, principalmente, por meio de grupos de investigação com cooperação internacional existentes em Brasília e em São Paulo, que rastreiam o tráfego de vídeos e fotografias em redes sociais, sites de vídeos, aplicativos de troca de mensagens via celular e programas do tipo peer-to-peer (sem que haja necessidade de um servidor central) para compartilhamento de arquivos.
“Todas estas informações estão sendo mais vigiadas do que no passado, já que o acesso das pessoas a este tipo de material está muito mais fácil. Hoje, praticamente todas as pessoas possuem acesso à Internet e existem grupos específicos de troca de arquivos de pedofilia, que se comunicam internacionalmente”, pontua.
E não apenas crianças e adolescentes são vítimas destes crimes – que envolvem a exposição até mesmo de bebês, segundo a delegada . “É um tipo de prática delituosa que precisa ser combatida com rigor”, reitera.
Ela destaca que casos de estupro ou assédio de crianças e adolescentes com identidade conhecida são investigados no âmbito da Polícia Civil. Já os crimes virtuais de pedofilia, com troca transnacional de arquivos, fica sob responsabilidade da PF.
MAISA SILVA É ALVO DE ATAQUES
Desafio
Para que um suspeito seja preso, contudo, precisa haver comprovação da materialidade do delito, ou seja, uma prova concreta de que a pessoa publicou, enviou, recebeu ou armazenou os arquivos ilegais. Trata-se de um desafio para as autoridades policiais, já que, a partir do uso da criptografia – dispositivo que passou a ser adotado por aplicativos com como o WhatsApp, por exemplo – o rastreamento das informações pode ser dificultado.
“Há uma briga grande em relação a isso, mas o próprio Judiciário nacional vem adotando medidas bem enérgicas para que as investigações não sejam prejudicadas. Pelo contrário. Até em razão disso, as informações estão sendo transmitidas para apuração criminal cada vez mais rapidamente”, pontua.
‘Salto qualitativo’
Em Bauru, Ana Carolina acredita que a criação de uma equipe especializada também possa garantir um salto qualitativo para o trabalho realizado em toda a região, impedindo que os criminosos continuem agindo com a convicção de que seguirão impunes. A ideia, ela salienta, é padronizar os sistemas de investigação, inclusive a partir do uso de bancos de dados nacionais e internacionais e da capacitação dos policiais por meio de eventos e cursos voltados aos gestores que lidam com o combate à pornografia infantil na internet. “Com isso, conseguimos ter mais contato com os dispositivos de ponta que estão sendo empregados neste trabalho de apuração”, conclui.
Perfil
A delegada Ana Carolina de Freitas Gholmie aponta que, na região, o perfil dos autores de crimes de pedofilia é formado majoritariamente por homens entre 20 e 35 anos. Na maioria das vezes, são pessoas bem instruídas, com bom conhecimento na área de tecnologia e informática. Segundo a delegada, os 35 casos conduzidos pela equipe especializada de Bauru ainda estão em fase de apuração, mas com alguns suspeitos já presos.
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