Home office é o escritório em casa. É possível trabalhar home office a partir de três tipos de arranjo: sendo funcionário de uma empresa, sendo freelancer ou como empresário de uma empresa home based
A pandemia de coronavírus fez com que várias empresas recomendassem que seus funcionários adotassem o home office. Porém, há uma grande parcela da população cuja função ou sistema de trabalho não permite o trabalho de casa. Confira relatos:
Ter possibilidade de fazer home office é privilégio de poucos. A gente tem que ver o que faremos com os trabalhadores que não ficam na frente de computador, gente de entrega, supermercado, fábrica, obra. Gente que se não aparece pra trabalhar, não recebe.
Não pode esquecer as empregadas domésticas. Inclusive as que os patrões com corona ou suspeita de corona estão forçando a trabalhar!
Galera do aplicativo, como eles vão ganhar? Sem carteira assinada sem direitos.
A galera da China começou a pedir muita comida por aplicativo, logo as empresas de transporte colocaram os motoristas para fazer entregas, e solucionaram assim.
E o mesmo serve para pequenos negócios locais e ambulantes. A população que mais necessita é a que mais sofre
Fora o telemarketing que são basicamente grandes galpões abarrotados de gente que em hipótese nenhuma será dispensada, sendo que em dias normais não há sabão no banheiro e alguns dias nem água. Eu tô de férias, mas com um medo real de contrair o vírus quando voltar.
Os informais vão ser -mais uma vez - os que sofrerão mais com a pandemia de Coronavirus. Enquanto a classe média pode fazer home office, como fica o motorista de aplicativo, que não pode ficar parado nem um dia e não tem nem a possibilidade de licença médica remunerada?
Um trabalhador de aplicativo que pegue o coronavírus não pode ficar em casa, sob o risco de colocar em risco a subsistência de sua família. Sem licença remunerada, será obrigado a trabalhar, o que pode representar um risco para ele e os outros. A tal nova economia cobra seu preço.
Lembrando que a contenção deste contágio só será possível se todos cumprirem as medidas de contenção. Ou seja, de nada adianta ter a classe média trabalhando de casa se o trabalhador informal está na rua, como vetor da doença.
O coronavírus nos traz uma outra camada de debate sobre a precarização do trabalho. O motorista de aplicativo que tem sintomas (e nenhuma segurança previdenciária), vai ficar em quarentena, sem receber? O entregador de lanches vai ficar em casa para não disseminar a doença? Vai?
Quem entrega Rappi, iFood ou UberEats usa frequentemente a máquina de cartão para receber. Essa máquina é higienizada entre uma das dezenas de entregas que os caras fazem todos os dias? É claro que não. E aí, a doença se espalha ainda mais rápido o lastro da informalidade.
Tem gente que esquece que os mais afetados pela pandemia no Brasil serão as pessoas que moram nas favelas, pegam ônibus entupido de gente, não têm assistência nem acesso a muitos serviços. Para eles e elas, a resposta italiana não é adequada.
25 bilhões de euros direcionados? Nem chega perto. Precisamos de investimento público e de um baita aumento da rede de proteção social. Ignorar isso é irresponsabilidade, ignorância, ou desonestidade intelectual.
Sem falar que a classe média, com as trabalhadoras domésticas vulneráveis que sub-emprega, sofrerá bem mais que pensa.
Fundamental para um país como o nosso, onde tem criança que só come se for à escola. Suspender aula tem esse tipo de consequência: fome. Não adianta o ministro da educação vir com discurso de aula remota pela internet. Em que país ele vive? Não é solução.
E que internet, né? Parte dos alunos na Ufba não têm acesso em casa. Imagina. Esse pessoal é alienado em relação ao próprio país.
Há desigualdade inicial na pandemia que não deve ser subestimada.
Mas... diferente de pobreza, doença pega. Se não cuidar dos pobres.
E não adianta achar que ficar fechado no condomíno resolve. Depois da peste vem a fome = estagnação.
Essa doença está pegando primeiro os ricos, famosos, já que eles são os que mais viajam ou que mais interagem com os que viajam para fora, onde a doença começou. Depois, fica tudo igual.
Ademais, ela já deve estar espalhada aqui por conta do Carnaval.
Não pode esquecer as empregadas domésticas. Inclusive as que os patrões com corona ou suspeita de corona estão forçando a trabalhar!
Galera do aplicativo, como eles vão ganhar? Sem carteira assinada sem direitos.
A galera da China começou a pedir muita comida por aplicativo, logo as empresas de transporte colocaram os motoristas para fazer entregas, e solucionaram assim.
E o mesmo serve para pequenos negócios locais e ambulantes. A população que mais necessita é a que mais sofre
Fora o telemarketing que são basicamente grandes galpões abarrotados de gente que em hipótese nenhuma será dispensada, sendo que em dias normais não há sabão no banheiro e alguns dias nem água. Eu tô de férias, mas com um medo real de contrair o vírus quando voltar.
Os informais vão ser -mais uma vez - os que sofrerão mais com a pandemia de Coronavirus. Enquanto a classe média pode fazer home office, como fica o motorista de aplicativo, que não pode ficar parado nem um dia e não tem nem a possibilidade de licença médica remunerada?
Um trabalhador de aplicativo que pegue o coronavírus não pode ficar em casa, sob o risco de colocar em risco a subsistência de sua família. Sem licença remunerada, será obrigado a trabalhar, o que pode representar um risco para ele e os outros. A tal nova economia cobra seu preço.
Lembrando que a contenção deste contágio só será possível se todos cumprirem as medidas de contenção. Ou seja, de nada adianta ter a classe média trabalhando de casa se o trabalhador informal está na rua, como vetor da doença.
O coronavírus nos traz uma outra camada de debate sobre a precarização do trabalho. O motorista de aplicativo que tem sintomas (e nenhuma segurança previdenciária), vai ficar em quarentena, sem receber? O entregador de lanches vai ficar em casa para não disseminar a doença? Vai?
Quem entrega Rappi, iFood ou UberEats usa frequentemente a máquina de cartão para receber. Essa máquina é higienizada entre uma das dezenas de entregas que os caras fazem todos os dias? É claro que não. E aí, a doença se espalha ainda mais rápido o lastro da informalidade.
Tem gente que esquece que os mais afetados pela pandemia no Brasil serão as pessoas que moram nas favelas, pegam ônibus entupido de gente, não têm assistência nem acesso a muitos serviços. Para eles e elas, a resposta italiana não é adequada.
Sem falar que a classe média, com as trabalhadoras domésticas vulneráveis que sub-emprega, sofrerá bem mais que pensa.
Fundamental para um país como o nosso, onde tem criança que só come se for à escola. Suspender aula tem esse tipo de consequência: fome. Não adianta o ministro da educação vir com discurso de aula remota pela internet. Em que país ele vive? Não é solução.
E que internet, né? Parte dos alunos na Ufba não têm acesso em casa. Imagina. Esse pessoal é alienado em relação ao próprio país.
Há desigualdade inicial na pandemia que não deve ser subestimada.
Mas... diferente de pobreza, doença pega. Se não cuidar dos pobres.
E não adianta achar que ficar fechado no condomíno resolve. Depois da peste vem a fome = estagnação.
Essa doença está pegando primeiro os ricos, famosos, já que eles são os que mais viajam ou que mais interagem com os que viajam para fora, onde a doença começou. Depois, fica tudo igual.
Ademais, ela já deve estar espalhada aqui por conta do Carnaval.
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