Theodor Herzl: O Visionário do Sionismo Político e a Formação do Estado de Israel”
Biografia de Theodor Herzl:
Theodor Herzl nasceu em 2 de maio de 1860 em Pest, Hungria, Império Austríaco1. Ele era de uma família judaica próspera1. Herzl estudou direito na Universidade de Viena1, mas depois de uma breve carreira jurídica em Viena, tornou-se correspondente em Paris para o jornal vienense Neue Freie Presse1.
Herzl é conhecido como o pai do sionismo político moderno1. Ele formou a Organização Sionista e promoveu a imigração judaica para a Palestina visando formar um estado judeu1. Confrontado com eventos antissemitas em Viena, ele chegou à conclusão de que o sentimento anti-judeu tornaria a assimilação judaica impossível, e que a única solução para os judeus era o estabelecimento de um estado judeu1.
Em 1896, Herzl publicou o panfleto Der Judenstaat, no qual elaborou suas visões de uma pátria judaica1. Suas ideias atraíram atenção internacional e rapidamente estabeleceram Herzl como uma figura importante no mundo judeu1.
Herzl morreu de uma doença cardíaca em 1904, aos 44 anos, e foi enterrado em Viena1. Em 1949, seus restos foram levados para Israel e sepultados no Monte Herzl1. Embora Herzl tenha morrido antes do estabelecimento de Israel, ele é conhecido em hebraico como Chozeh HaMedinah (חוֹזֵה הַמְדִינָה), lit. 'Visionário do Estado’1.
Fundação do Sionismo Político:
Theodor Herzl é conhecido como o pai do sionismo político moderno1. Ele formou a Organização Sionista e promoveu a imigração judaica para a Palestina com o objetivo de formar um estado judeu1. Herzl acreditava que a questão judaica era uma questão política que deveria ser resolvida por um conselho mundial de nações2.
Herzl foi motivado a buscar uma solução para o antissemitismo que testemunhou durante sua carreira como jornalista em Paris2. Ele chegou à conclusão de que o sentimento anti-judeu tornaria a assimilação judaica impossível, e que a única solução para os judeus era o estabelecimento de um estado judeu1.
Em 1896, Herzl publicou o panfleto “Der Judenstaat”, no qual elaborou suas visões de uma pátria judaica2. Suas ideias atraíram atenção internacional e rapidamente estabeleceram Herzl como uma figura importante no mundo judeu2.
Herzl organizou o Primeiro Congresso Sionista em 18972, que foi um marco importante na história do sionismo político. O congresso reuniu judeus de todo o mundo para discutir a ideia de um estado judeu e estabelecer a Organização Sionista2.
A visão de Herzl para o sionismo político foi influenciada tanto por sua experiência pessoal com o antissemitismo quanto por seu desejo de encontrar uma solução duradoura para a questão judaica2. Ele acreditava que a criação de um estado judeu não só proporcionaria um refúgio seguro para os judeus, mas também resolveria o problema do antissemitismo ao permitir que os judeus se governassem2.
Congresso Sionista:
O Primeiro Congresso Sionista foi o congresso inaugural da Organização Sionista (ZO) realizado em Basel de 29 a 31 de agosto de 18971. O congresso foi convocado e presidido por Theodor Herzl, o fundador do movimento sionista moderno1. O congresso formulou uma plataforma sionista, conhecida como o programa de Basel, e fundou a Organização Sionista1. Ele também adotou o Hatikvah como seu hino (já o hino de Hovevei Zion e mais tarde se tornaria o hino nacional do Estado de Israel)1.
O congresso foi coberto pela imprensa internacional, causando uma impressão significativa1. A publicidade posteriormente inspirou a falsificação antissemita Os Protocolos dos Sábios de Sião1.
O congresso foi realizado no salão de concertos do Stadtcasino Basel em 29 de agosto de 18971. Herzl atuou como presidente do Congresso, que foi assistido por cerca de 200 participantes de dezessete países, 69 dos quais eram delegados de várias sociedades sionistas, e o restante eram convidados individuais1.
Após o Primeiro Congresso Sionista em 1897, o Congresso Sionista se reuniu todos os anos até 1901, depois a cada dois anos de 1903 a 1913 e 1921 a 19392. Até 1946, o Congresso foi realizado a cada dois anos em várias cidades europeias, exceto por interrupções durante as duas Guerras Mundiais2. Desde a Segunda Guerra Mundial, as reuniões são realizadas aproximadamente a cada quatro anos2. Além disso, desde a criação do Estado de Israel, o Congresso se reúne a cada quatro ou cinco anos em Jerusalém2.
“The Old New Land”:
“The Old New Land” (ou “Altneuland” no original alemão) é um romance utópico publicado por Theodor Herzl, o fundador do sionismo político, em 19021. O livro expandiu a visão de Herzl para um retorno judeu à Terra de Israel, o que ajudou a tornar “Altneuland” um dos textos fundadores do sionismo1.
A história conta a transformação de uma Palestina atrasada e empobrecida em uma sociedade moderna e próspera, graças à chegada de judeus europeus1. O romance conta a história de Friedrich Löwenberg, um jovem intelectual judeu vienense, que, cansado da decadência europeia, se junta a um aristocrata prussiano americanizado chamado Kingscourt enquanto eles se aposentam em uma ilha remota do Pacífico em 19021.
Parando em Jaffa a caminho do Pacífico, eles encontram a Palestina como uma terra atrasada, destituída e pouco povoada, como apareceu para Herzl em sua visita em 18981. Löwenberg e Kingscourt passam os vinte anos seguintes na ilha, isolados da civilização1.
Quando param na Palestina a caminho de volta à Europa em 1923, ficam espantados ao descobrir uma terra drasticamente transformada1. Uma organização judaica oficialmente chamada “Nova Sociedade” surgiu à medida que os judeus europeus redescobriram e reabitaram seu “Altneuland”, reivindicando seu próprio destino na Terra de Israel1.
O país, cujos líderes incluem alguns velhos conhecidos de Viena, agora é próspero e bem povoado, possui uma indústria cooperativa próspera baseada em tecnologia de ponta e é o lar de uma sociedade moderna livre, justa e cosmopolita1. Em Haifa, Löwenberg e Reschid Bey encontram um grupo de líderes judeus que os levam em um tour pelo país1.
Eles visitam várias cidades e assentamentos, incluindo um kibutz e um moshav, onde testemunham a transformação social e econômica da comunidade judaica1. Eles também aprendem sobre o desenvolvimento de novas tecnologias e o estabelecimento de uma universidade judaica que está na vanguarda da pesquisa científica1.
Os árabes têm plenos direitos iguais aos dos judeus, com um engenheiro árabe entre os líderes da Nova Sociedade, e a maioria dos comerciantes do país são armênios, gregos e membros de outros grupos étnicos1. A dupla chega no momento de uma campanha eleitoral geral, durante a qual um rabino fanático estabelece uma plataforma política argumentando que o país pertence exclusivamente aos judeus e exige que os cidadãos não judeus sejam privados de seus direitos de voto, mas é finalmente derrotado1.
Relação com os Árabes:
Theodor Herzl tinha uma visão otimista da relação entre judeus e árabes na Terra de Israel1. Ele acreditava que os árabes acolheriam bem os colonos judeus, pois eles trariam prosperidade e igualdade1. Herzl via os não-europeus como atrasados, mas acreditava que o sionismo beneficiaria todos os palestinos1.
Em seu romance “Altneuland”, Herzl imaginou que os proprietários de terras árabes venderiam voluntariamente suas terras para investir em agricultura e indústria modernas2. O resultado final seria que eles, e os camponeses que trabalhavam suas terras, estariam muito melhor como consequência da chegada dos judeus2.
Herzl também previu um estado onde os árabes teriam plenos direitos iguais aos dos judeus3. Em sua visão, Israel seria o estado para o povo judeu e de todos os seus cidadãos, tanto judeus quanto não-judeus2.
No entanto, é importante notar que as visões de Herzl foram contestadas e criticadas por muitos sionistas contemporâneos2. Além disso, a realidade das relações entre judeus e árabes na Terra de Israel e no moderno Estado de Israel tem sido muito mais complexa e conflituosa do que Herzl imaginou1.
Legado de Herzl:
Theodor Herzl deixou um legado duradouro como o fundador do sionismo político moderno1. Nos últimos nove anos de sua vida, ele criou o movimento sionista e todas as suas instituições básicas1. Herzl acreditava que o antissemitismo era uma força positiva na luta pela igualdade dos judeus1. Ele sugeriu que o antissemitismo não era apenas um problema para os judeus; também estava perturbando a estabilidade da Europa1.
Herzl propôs uma política nacional e uma vida cívica, e não a fé religiosa e o estudo dos textos sagrados, como o negócio comunitário essencial do povo judeu1. Herzl imaginou seu estado como uma democracia ocidental, fundada em princípios avançados de justiça social, na qual os cidadãos estariam livres de todas as restrições culturais e religiosas1.
O estado que Herzl imaginou veio à existência, e não há dúvida de que seu nascimento deu um novo significado à identidade judaica, tanto em Israel quanto na Diáspora2. Herzl acreditava que após o estabelecimento de um estado judeu, até mesmo aqueles judeus que permanecessem na Diáspora se beneficiariam, pois a causa raiz do antissemitismo finalmente teria desaparecido2.
Herzl morreu em 1904, aos 44 anos, e foi enterrado em Viena1. Em 1949, seus restos foram levados para Israel e sepultados no Monte Herzl1. Embora Herzl tenha morrido antes do estabelecimento de Israel, ele é conhecido em hebraico como Chozeh HaMedinah (חוֹזֵה הַמְדִינָה), lit. 'Visionário do Estado’1.
Tel Aviv:
Tel Aviv, a cidade mais populosa de Israel, tem uma história fascinante que remonta à sua fundação oficial em 1909 pelo Conselho Nacional Judeu1. O nome da cidade é derivado de uma antiga frase hebraica que significa “velho-novo” ou “antigo-moderno”, refletindo a fusão única de Tel Aviv de história e modernidade1.
O nome “Tel Aviv” é o título hebraico do livro “Altneuland” (“Velha Nova Terra”) de Theodor Herzl, traduzido do alemão por Nahum Sokolow2. Este livro descreveu a visão de Herzl para um estado judeu na Terra de Israel, e o nome “Tel Aviv” foi escolhido para refletir essa visão de um renascimento judeu na antiga terra de Israel2.
A cidade de Tel Aviv cresceu rapidamente após sua fundação e se tornou um centro de inovação e cultura. Hoje, é conhecida por sua vibrante vida noturna, próspera cena artística e arquitetura Bauhaus, que lhe valeu o apelido de “Cidade Branca” e a designação como Patrimônio Mundial da UNESCO2.
Portanto, o nome “Tel Aviv” não só homenageia o livro visionário de Herzl, mas também encapsula a essência da cidade como um lugar onde o antigo e o novo coexistem e florescem juntos.
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