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SR-71 Blackbird - O avião mais rápido do mundo



No início dos anos 60, a força aérea dos Estados Unidos, estavam à procura de um substituto para o seu avião espião o 'O2'. Apesar desse avião voar a altitudes extremas de mais de 21 mil metros, era muito lento e por isso era vulneráel aos misseis antiaérios inimigos. Os engenheiros norte-americanos tiveram então uma idéia audaciosa : aliar a elevada altitude do O2, com uma velocidade nunca antes vista no mundo da aviação. E o resultado foi o SR-71 Blackbird.
O SR-71 é rápido, extremamente rápido. Trata-se do avião mais rápido ja construido, não me refiro apenas à sua velocidade máxima. É de fato, o aparelho é capaz de voar a uma velocidade a mais de 3200 k/h, durante longos períodos de tempo, podendo alcançar falcilmente a uma velocidade máxima de mais dde 3.500 k/h, em caso de necessidade.

Só em termos de comparação o interceptador Mig-25, o segundo avião mais rápido do mundo, pode manter uma velocidade máxima de 3.200 k/h, apenas por curtos períodos de tempo, podendo alcançar os 3400 k/h, mas a custa de danos graves em seus motores.


Apesar de não ser como os aviões de quinta geração como F-22 e F-35, foi desenvolvido com objetivo de ter uma assinatura o mas discreta possível nos radares inimigos. Essa característica aliada à sua incrível velocidade e ao seu teto máximo de vôo de impressionantes 25,900 metros, transformou o SR-71 no aparelho virtualmente intocável. Como era difícil de ser detectado pelos radares, os sitemas de mísseis antiaérios levavam muito tempo até trancarem o alvo e quando conseguiam finalmente tranca-lo e lançar um míssel, grande parte do combustível era gasto no esforço de alcançar a altitude extrema, aque ele voava, o Blackbird. Bastando então o polito acelerar o seu avião a velocidade máxima de mais de 3,500 k/h, que era suficiente para deixar para trás qualquer míssil atiaéreo utilizado nos anos 60 ou 70,

Entre 1966 e 1998, período no qual foi utilizado pela força aérea, mais de 4 mil mísseis anti-aéreos foram lançados contra ele, mas nenhum foi capaz de alcançá-lo. Não tinha qualquer sistema de armas instalado, dependendo exclusivamente da sua altitude e velocidade para escapar dos caças inimigos. A sua tripulação era formada por dois membros; o piloto e o oficial de reconhecimento.
Os engenheiros enfrentaram grandes dificuldades no desenvolvimento do aparelho, com a solução para os problemas recaindo no uso dos materiais leves e resistentes como o titânio. Apesar de ser um material incrivelmente caro, mais de 85% da estrutura do SR-71 é feita a base de titânio.
Como naquela época a união soviética era o maior fornecedor mundial de titânio, a CIA criou centenas de empresas falsas ao redor do mundo, através delas comprou toneladas desse material diretamente dos sovieticos.



Devido a sua superioridade, algumas áreas da sua superfície atingiam temperaturas extremas, de fato, a parte externa do para-brisa alcançava uma temperatura de mais de 300º celsius, obrigando os engenheiros a desenvolverem uma camada externa de quartzo para protege-lo. Foi aliás com o objetivo de dissipar o calor gerado durante seu vôo que o aparelho foi todo pintado de preto, vindo daí o seu apelido de "Blackbird". Enquanto parado ou voando a baixas velociades, o aparelho está constantimente a vazar combustível, isso porque o seu tanque foi desenhado ja se pensando na expansão do metal a elevadas velocidades, por isso ele decolava sempre com muito pouco combustivel, presisando ser reabastecido em vôo antes do início de cada missão. Vem equipado com dois grandes motores, cada um capaz de fornecer mais de 32 mil libras de empuxo. Esses motores só atingiam a sua melhor eficiência a uma velocidade de 3300 k/h, que era sua velocidade de cruzeiro ideal. A sua velocidade máxima de mais de 3500 k/h, foi limitada nesse patamas por conta da temperatura do ar a entrada do moto, que não podia ultrapassar os 430º celsius. Mas se não fosse por essa limitação, esses motores seriam capazes de impulsionar o aparelho a velocidades ainda maiores. Como o sistema de GPS de posicionamento global via satélite, só se tornou operacional nos anos 90, 60 e 70, os engenheiros foram obrigados a criar um sistema próprio de navegação baseado na navegação das estrelas, que era usado calibar o sistema interno de orientação inicial do aparelho. Esse sistema de navegação pelas estrelas era tão sensivel, que mesmo parado no solo, os seus instrumentos eram capazes de identificar dezenas de estrelas no céu, mesmo durante o dia. Como no seu teto maximo de vôo não há nuvens e o céu é quase completamente negro, sistema funciona na perfeição, utilizando a posição de dezenas de estrelas para orientar-se nos céus.
O aparelho vinha equipado com uma ampla gama de sensores, desde câmeras óticas de alta precisão, até sensores infravemelhos, sistemas de informações eletrônicas como emissões de rádio e dares e sistema de contra medidas defensivas. A sua camera tinha um precisão tão grande que numa fotografia tirada a mais de 24 mil metros de altitude, era possivel identificar claramente as placas dos carros circulando nas ruas lá em baixo. O sistema de suporte de vida também foi desenhado de propósito para os pilitos do SR-71, com um taje completamente pressurizado e capaz de resistir a injeções de emergência a velocidades superiores aos 3200 k/h. O cockpit vinha também equipado com potente sistema de ar condicionado que se deixasse de funcionar levaria elevaria a temperatura do seu interior ultrapassasse a marca dos 200º celsius, ocasionando a morte imediata da tripulação.

O record mundial de avião a jato foi estabelecido em 1986, quando o SR-71 foi obrigado a acelerar a mais de 3.500 k/h, para fugir de míssil antiaéreo disparado pelos líbios.

Dos 32 aparelhos construídos, 12 foram perdidos em acidentes durante o vôo ou em terra, mas nenhum sobre território inimigo ou vítima de armas anti-aéreas inimigas.

O Blackbird, de tem recordes, como por exemplo, o de vôo mais rápido entre Nova York e Londes, ao cruzar o oceano atlântico em apenas 1hr e 54 minutos, um percurso que um Boeing 747 costuma levar mais de seis hroas para cobrir. Em abril de 1971, um SR-71 voou mais de 24 mil quilômetos em apenas dez horas e meia, e em 1990 um voo entre  Whashington e Los angeles foi feito apenas em um hora e quatro minutos. Realizou mais de 3500 missões, somando mais de 11,600 horas de vôo, acima de mach 3, mas com o advento de sistema mais avançados de mísseis atiaéreos e principalmente com o desenvolvimento dos drones e novos satélites espiões, o Blackbird acabou caindo no obsuletismo, tendo sido aposentado pela força aérea em 1998 e pela NASA em 1999, que utilizou por alguns meses para pesquisas avançadas de vôos supersônicos.

O Blackbird, será para sempre lembrado, não apenas pelos seus recordes, mas também, pelo grande contributo tecnológico que deu a indústria aeroespacial.