A Crise Diplomática na Faixa de Gaza: A Saída dos Brasileiros
Em uma reviravolta dramática, o governo de Israel informou ao governo brasileiro que o grupo de 34 brasileiros que estava na Faixa de Gaza, finalmente, será autorizado a deixar o local1. A Faixa de Gaza tem sido o epicentro dos ataques e bombardeios das forças militares israelenses contra palestinos1.
O grupo de brasileiros foi deixado de fora das 6 listas de estrangeiros autorizadas por Israel a saírem de Gaza pela fronteira com o Egito1. A cada informe de que os brasileiros não poderiam ser libertados, a situação foi ficando mais tensa e um princípio de crise diplomática se instaurou1.
O ápice do mal-estar ocorreu quando o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, participou de uma reunião com parlamentares de extrema direita e o ex-presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional1. Isso representou uma afronta ao governo brasileiro1.
Bolsonaro e seus seguidores têm usado a confirmação de Israel de que os brasileiros em Gaza serão libertados para associar ao ex-presidente a façanha1. No entanto, a narrativa é falaciosa. Bolsonaro não teve nenhuma influência na decisão do governo de Israel em autorizar a saída do grupo da Faixa de Gaza1.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos primeiros do mundo a realizar operações de repatriação em Israel logo após o ataque do grupo islâmico-palestino Hamas em 7 de outubro1. A insatisfação diplomática de Benjamin Netanyahu com o Brasil se deve às críticas feitas por Lula perante as atitudes de Israel no conflito, e também à posição brasileira no Conselho de Segurança da ONU2.
Finalmente, o grupo de brasileiros e familiares que aguardava liberação para deixar a Faixa de Gaza pela fronteira com o Egito recebeu autorização3. Esta é uma vitória para os esforços diplomáticos do Brasil e um alívio para os brasileiros presos na região de conflito.
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