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EUA mobilizam forças para proteger a Guiana contra a Venezuela

Ditadura venezuelana pretende realizar no domingo referendo para legitimar anexação de mais de dois terços do país vizinho, repletos de petróleo 


A Venezuela, sob uma ditadura, planeja realizar um referendo no domingo para legitimar a anexação de mais de dois terços do país vizinho, uma região rica em petróleo.

Em resposta, os Estados Unidos enviaram militares para a Guiana. A presença de militares americanos na Guiana foi anunciada no início de setembro, quando a própria embaixada dos EUA no país divulgou a chegada de uma unidade das Brigadas de Assistência de Forças de Segurança, uma divisão que responde ao Exército dos EUA e é destinada a operar em outros países.

A tensão aumentou com a descoberta de campos de petróleo na região e as negociações da Guiana com a gigante energética americana ExxonMobil para a exploração desses campos.

A Guiana classificou o movimento venezuelano como uma "ameaça existencial". A presença de militares americanos na Guiana foi justificada pela realização de exercícios militares conjuntos entre a Guiana e os EUA, que supostamente protegerão as bases de extração de petróleo instaladas pela ExxonMobil na área de 159 mil km², que a Venezuela reivindica ser sua.

A Venezuela, por sua vez, condenou as declarações da embaixadora dos EUA e acusou a Guiana de agir para "proteger empresas energéticas americanas". A Venezuela alertou a comunidade internacional e especialmente os países do Caribe sobre as perigosas manobras da Guiana.

A Guiana espera que a disputa com a Venezuela possa ser resolvida na Corte Internacional de Justiça (CIJ), cuja jurisdição Caracas não reconhece no caso do Essequibo. A Guiana recorre a uma sentença arbitral de 1899 em que foram estabelecidas as atuais fronteiras, enquanto a Venezuela reivindica o Acordo de Genebra, assinado em 1966 com o Reino Unido antes da independência da Guiana, que anulou a sentença e estabeleceu bases para uma solução negociada.

O governo da Venezuela promove um referendo consultivo para o próximo dia 3 de dezembro, no qual perguntará aos seus cidadãos se apoiam a concessão da nacionalidade aos 125 mil habitantes da região em disputa e a criação de uma nova província venezuelana chamada "Guayana Esequiba". A Guiana rejeitou a consulta, que foi descrita pelo seu presidente, Irfaan Ali, como "uma ameaça à paz na América Latina e no Caribe".

Em meio a uma escalada de acusações mútuas nas últimas semanas, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou uma "campanha suja" da ExxonMobil contra o referendo. As autoridades venezuelanas organizaram uma simulação da consulta no último domingo, na qual, segundo Maduro, participaram mais de três milhões de eleitores.

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