Cerca de 36 milhões de pessoas não acessaram a internet no Brasil em 2022. Esse número representa 19% da população com 10 anos ou mais, índice que permaneceu estável na comparação com 20211. As principais razões para não usar a internet foram desinteresse (32%), falta de habilidade (24%) e custo alto do serviço (14%).
Se o Brasil ficasse sem internet, isso afetaria a comunicação, a educação, o trabalho, o lazer, o comércio, a saúde e muitos outros aspectos da vida das pessoas. Seria um grande desafio para a sociedade se adaptar a essa situação. Talvez as pessoas valorizassem mais o contato presencial, a leitura de livros, o rádio e a televisão. Ou talvez elas buscassem outras formas de se conectar, como redes locais, rádios amadores ou satélites.
'A internet do país vai parar', disse Fábio Andrade, da Presidência Institucional da Claro. Fábio é uma figura relevante na cúpula dos políticos em Brasília, e não dá para ignorar o alerta de alguém que já acertou duas dessas previsões, um aproveitamento melhor do que todos os economistas da Globo. Em Fortaleza, estão construindo uma usina de dessalinização. Uma obra desde 2017, com quase 600 milhões de reais investidos. Hoje, cinco anos depois, investidores estrangeiros entraram na brincadeira, colocaram mais dinheiro ainda e essa obra passou a valer 3 bilhões de reais. De acordo com Fábio, a construção atingiu um nível monstruoso e ameaça romper cabos submarinos que conectam a internet do Brasil com Europa, Estados Unidos e África.
A licença ambiental da usina já foi aprovada, ou seja, pode começar quando quiser esse avanço que está marcado para o ano que vem e vai ficar tudo para 2024, com o começo no mês de março. Especialistas avaliam que o prazo para, no pior dos cenários, consertar os cabos e religar a internet é de 50 dias, ou seja, pelo menos um mês e meio sem internet.
A Anatel alertou que a obra tinha que estar a quinhentos metros dos cabos para evitar qualquer risco, mas no projeto está a apenas 5 metros de distância. Perguntaram para Fábio se ninguém viu isso antes, olha, tem uma equipe de profissionais por trás, será que não perceberam? Fábio disse - 'Pelo jeito não, aliás, foi só depois do aviso que eles começaram a planejar um projeto executivo para substituir o anterior e resolver esses riscos aí'.
Então, assim, no ano que vem, a gente pode ficar sem internet. Este alerta não é meu, estou apenas repassando informações de quem já acertou duas vezes na nossa história."
É importante lembrar que, embora a situação seja preocupante, existem várias medidas de contingência que podem ser tomadas para minimizar o impacto de um possível corte de internet. Além disso, é sempre bom verificar as informações com fontes confiáveis antes de compartilhá-las.
O que são cabos submarinos e como eles funcionam?
Os cabos submarinos são conexões submersas nos oceanos, entre estações terrestres de rede, usadas para transmitir sinais de telecomunicações¹. Eles são essenciais para a internet como a conhecemos¹. São milhares de quilômetros de cabos e repetidores atravessando mares e conectando o planeta.
Os cabos submarinos modernos usam tecnologia de fibra óptica. Lasers de uma extremidade disparam dados a velocidades extremamente rápidas em fibras de vidro muito finas para receptores na outra extremidade do cabo¹. Essas fibras de vidro são envoltas em muitas camadas de plástico e metais para sobreviver ao fundo do mar³. Um cabo costuma ser tão largo quanto uma mangueira de jardim. Os filamentos dentro dele é que são extremamente finos — com aproximadamente o diâmetro de um fio de cabelo humano¹.
Os cabos submarinos são como uma rodovia que tem a quantidade certa de faixas para lidar com o tráfego na hora do rush sem ficar atolado em engarrafamentos⁴. Eles combinam altas larguras de banda (mais de 300 a 400 terabytes de dados por segundo) com baixo tempo de atraso.
Embora satélites também desempenhem um papel na comunicação global, os cabos submarinos oferecem maior capacidade e menor latência, tornando-os a escolha preferencial para conexões de alta velocidade e confiabilidade.
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