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Após um ano isolado em vulcão, cientistas diz ser possível viver em Marte




Experimento faz parte de um projeto de simulação no Havaí patrocinado pela Nasa

Um grupo de seis pessoas completou uma 
missão da Nasa na qual simularam como seria viver em Marte por um ano.
Eles conviveram em isolamento quase total, em um ambiente fechado no Havaí, nos Estados Unidos, sem acesso ao mundo exterior, comida fresca ou privacidade.

Especialistas estimam que uma missão humana ao planeta vermelho levaria de um a três anos.
O grupo contava com um francês que é astrobiólogo (estuda a origem e o futuro da vida no Universo), um físico alemão e quatro americanos: Carmel, um piloto, um arquiteto e um jornalista.
Durante a simulação, o grupo teve de viver com poucos recursos, usar roupas de astronauta ao sair e trabalhar para evitar conflitos pessoais. Entre as comidas disponíveis estavam queijo ralado e atum enlatado.
Após os 12 meses nesta situação, os seis participantes afirmaram estar confiantes.



"Posso dar minha impressão pessoal, que é a de que a missão para Marte no futuro próximo é realista", afirmou o francês Cyprien Verseux, que integra o grupo. "Acredito que os obstáculos tecnológicos e psicológicos podem ser superados."
Mas a comandante da missão, a cientista Carmel Johnston, disse que não ter privacidade por um ano não foi fácil.
"É como dividir o quarto com colegas que estão sempre presentes, e você nunca consegue se distanciar deles - tenho certeza de que todo mundo consegue imaginar como é conviver assim com qualquer pessoa."
O americano Tristan Bassingthwaghte, doutor em arquitetura pela Universidade do Hawaí, elogiou a missão.
"Essa pesquisa é vital no momento em que for preciso escolher a equipe (que irá a Marte), descobrir como as pessoas se comportam de verdade em diferentes tipos de missões e lidar com o fator humano em viagens espaciais, colonizações ou o que mais estiver sendo analisado", disse o arquiteto.